sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Power to the People


Agora falando de coisas sérias.Considero-me fazer parte de uma geração que se desiludiu com o poder político. E sem mais, mostrámos o rabinho cheio de pêlos e porcalhotas à porta de São Bento. Foi o sinal inequívoco de que perdemos o respeito e a esperança. Não somos, tão pouco, da geração que diz "o que eles querem é poleiro". Essa é a dos nossos pais. Somos sim da que diz "Porra, quanto é que o Eládio Clímaco gasta em laca? " ou " A Vanessa Palma indé solteirinha?" ou " Com quem anda a Elsa Raposo agora?". Ou seja, não nos tornámos apolíticos e desinteressados. Fizemos pior: Desenvolvemos a nossa consciência política nas análises da Nova Gente.Por isso, vive o povo numa amotinação oca, facilmente consolada por um jogo de dominó, o Euromilhónes, o fast-foda, a bola ou uma novela da TVI e que activamente cultiva uma indiferença ao concreto que pereniza a consternação ( bonito né? ), traduzido num "filha-da-puta" para o ministro da televisão, imediatamente seguido de um "Ó Chaves, atão o cheirinho pó cafézinho, ondéquetá caralhe?"O país faz o político, não é o político que faz o país. Portugal só pode confiar num político que cheire a refogado. Seja honesto ou não, é dos nossos. E nas próximas eleições mudo-me para Beja e vou votar na D. Custódia Claudine. Só não lhe dê uma travadinha até às próximas eleições...A D. Custódia Claudine, que aparece nos tempos de antena das campanhas eleitorais do POUS ( Partido Operário de Unidade Socialista), é a solução para recuperar a fé na classe política: Alguém duvida da sua ambição em operar uma campanha para introdução da bata de flores como traje único nacional? Alguém questiona o seu empenho na elevação da canjinha de galinha a fármaco? Alguém põe em causa que procurará desencadear uma luta obstinada para levar o crochet a modalidade olímpica? Ou que ainda faça contas do orçamento de estado pelos dedos e em "réis"? A D. Custódia representa o Portugal verdadeiro, um Portugal obviamente romântico, ambicioso e acima de tudo, excepcionalmente optimista. A D. Custódia no Parlamento, não só significa possuirmos um recordatório vivo do que é a essência do povo português, como ainda pode dar uma mãozinha na limpeza do hemiciclo á custo zero.D. Custódia Claudine, vou fazer-lhe uma faixa e meter na janela da minha casa, para ver o meu apoio. Se calhar é melhor fazer uma do tamanho da casa, não vão os seus óculos escorregar...

6 comentários:

inespimentel disse...

Que fofa, a D. Custódia. É a dona de casa, a costureirinha que há em toda a mulher portuguesa... (que se preze)!
Só não estou de acordo com um ponto: os portugueses NÃO SÃO AMBICIOSOS... com tudo o que isso terá de bom e de mau... digo eu!
Bom fim de semana, vizinho

Vício disse...

qual D. Custodia?
ainda se fosse uma gaja como as que se candidatam no Brasil... um gaj oaté tinha gosto em ser fodido!

A Intolerável Ligeireza do Ser disse...

Já dizia Eça de Queiroz: «Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»

Fiquei sem saber o que quer dizer o "S" na sigla "P.O.U.S."

Sam disse...

Ó Bizinha, pensando bem eles não são ambiciosos, são apenas no que diz respeito ás lotarias e ao euromilhones....
lol
beijo doce e bom fim de coiso

Sam disse...

Isso é verdade Vice pá caralhe!

Sam disse...

J. é engraçada essa do Eça....ele tinha algumas muito boas!
quanto ao S pá foi erro meu, ou porque achasse que ficava melhor inconscientemente escrevi unidade Popular ( ainda acho que fica melhor ) mas o S é de Socialista!
lol
até logo!